O governo federal prometeu um corte de R$ 25,9 bilhões na proposta de orçamento do ano que vem e uma proposta de contingenciamento no relatório de despesas de julho ainda para este ano.
O anúncio ocorreu na noite desta quarta-feira (3).
O que aconteceu - O anúncio foi feito pela equipe econômica após reunião com o presidente Lula (PT).
O governo vem sofrendo pressão do mercado e do Congresso Nacional para que apresente alternativas para reduzir despesas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que essas seriam as garantias para que o arcabouço fiscal seja cumprido.
Segundo Haddad, esta foi a determinação de Lula, dado que o projeto foi apresentado pelo governo no ano passado como uma alternativa ao teto de gastos.
A equipe não detalhou as propostas para este ano.
Veja o comentário de Cleber Teixeira:
Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, apenas explicaram que uma proposta de bloqueio ou contingenciamento será detalhada no relatório de despesas, a ser apresentado no próximo dia 22 de julho. Segundo eles, os detalhes já foram acertados, mas não foram expostos porque ainda precisam ser apresentados aos ministérios.
"O relatório de julho pode significar algum contingenciamento e algum bloqueio, que serão suficientes para que o arcabouço seja cumprido", disse Haddad à imprensa. "Nós vamos ter a ordem de grandeza disso nos próximos dias, assim que a Receita [Federal] terminar seu trabalho, mas nós já estamos operacionalizando".
Haddad disse ainda que "algumas medidas podem ser antecipadas para este ano", também sem dar detalhes. "[Isso se dará] independente de outras rubricas que podem ser contingenciadas e outros bloqueios que poderão ser feitos até que o arcabouço seja cumprido", explicou o ministro.
Para o ano que vem, já está proposto um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias de ministérios.
Esta parte deverá ser fruto do pente fino que tanto a equipe econômica quanto Lula têm pregado, que envolve revisão de benefícios sociais e gastos considerados desnecessários em todas as pastas.
Nós já identificamos, e o presidente autorizou levar à frente, R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do orçamento de 2025.
Isso foi feito com as equipes dos ministérios.
Reuniões e falas para acalmar o mercado - Lula reuniu a equipe econômica e as principais lideranças do governo em vias de acalmar o mercado.
Após efeitos internacionais e falas polêmicas do presidente, o câmbio explodiu e o mercado financeiro estava insatisfeito.
Ao fazer o anúncio logo após a reunião, a gestão mira esfriar os ânimos. (Com informações do UOL e da Agência Brasil)
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