Eduardo Bolsonaro sugere sanções secundárias e questiona atuação de ministros do STF
Em entrevista a Cláudio Dantas, deputado defende ampliação dos efeitos da Lei Magnitsky e critica supostos conflitos de interesse envolvendo familiares de magistrados
Por Redação Rádio Base
Publicado em 22/09/2025 15:28
Política

Durante entrevista concedida ao jornalista Cláudio Dantas em seu canal no Youtube, o deputado federal Eduardo Bolsonaro abordou os possíveis desdobramentos da aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras, com foco no ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, as sanções já impostas pelos Estados Unidos poderiam ter efeitos pedagógicos, mas ainda não foram suficientes para alterar condutas. 

Eduardo sugeriu que sanções secundárias poderiam atingir não apenas os próprios ministros, mas também seus familiares e clientes de escritórios de advocacia ligados a eles. “Será que os clientes também podem ser alcançados, assim como os próprios filhos do Moraes?”, questionou.

O parlamentar destacou o papel da esposa de Moraes, Viviane Bassi de Moraes, que atua em causas milionárias no Supremo Tribunal Federal, e levantou suspeitas sobre a origem dos recursos que sustentariam o estilo de vida do ministro. Para Eduardo, essa atuação configura um conflito ético e moral, que deveria ser alvo de maior escrutínio internacional. “Essa prática que a doutora Viviane Bassi de Moraes realiza de advogar em causas por vezes até bilionárias dentro da suprema corte, em bom inglês, isso chama-se corrupção”, afirmou. Ele também mencionou o Instituto Lex, do qual os filhos de Moraes são sócios, como possível alvo de futuras sanções.

Eduardo Bolsonaro criticou o apoio de outros ministros do STF, como Gilmar Mendes, à atuação de Moraes, apontando que esse respaldo aumenta o risco de também serem atingidos por medidas internacionais. “Quando Gilmar Mendes começou a dar apoio ao Alexandre de Moraes quando ele foi sancionado pela Lei Magnitsky, aquilo ali já aumentava demais o risco de Gilmar Mendes”, disse. Ele lamentou a falta de parâmetros morais nas mais altas esferas do Judiciário brasileiro, afirmando que “as mais altas autoridades do país estão simplesmente degringolando e fazendo o que bem entendem”.

Ao final da entrevista, o deputado defendeu a aprovação de uma anistia ampla para encerrar os inquéritos relacionados a fake news, atos de 8 de janeiro e outras investigações iniciadas desde 2019. Segundo ele, apenas com o fim da perseguição política será possível garantir igualdade de condições para todos os candidatos nas eleições de 2026. “Isso só vai parar quando acabar a perseguição”, concluiu. “Todo mundo vai ter igualdade de oportunidade para concorrer na eleição de 2026 e quem tiver mais voto que ele, não cabe ao menos pilotar o país.” (Com informações do Portal Cláudio Dantas)

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